BERLINN TALK DAYS #1 Ep. 5
Estratégia de vídeos para mídias sociais
Dos consumidores, 64% tendem a comprar um produto ou serviço depois de assistir um vídeo sobre ele. Hoje, 35% da verba de publicidade online é destinada para impulsionar vídeos nas redes sociais. Com tantas marcas trabalhando dessa forma, é preciso ter um vídeo otimizado para rede social.
Foi-se o tempo que trabalhar com o vídeo era um diferencial. Hoje qualquer pessoa com um celular pode produzir conteúdo. O feed das redes sociais é um caminho infinito de posts, informações e chamar a atenção nesse meio não é uma tarefa fácil. Sejam stories, posts no feed, posts no Facebook ou em várias redes sociais, isso é conteúdo. Isso não é o suficiente.
O processo de um vídeo começa muito antes de apertar o REC. É importante definir o objetivo do vídeo. Converter em venda, gerar awareness e reforçar a identidade da marca são alguns exemplos. Depois que o objetivo for definido, é preciso pensar quais caminhos são necessários para alcançá-lo.
Para a filmagem, é importante entender o objetivo e o público alvo para selecionar os figurantes, local, música e cores do vídeo, como tons mais vibrantes e cores mais saturadas talvez funcionem mais para um determinado público. Por exemplo, um público alvo mais velho prefere tons mais cinzas e menos saturados. Isso acontece porque antigamente os televisores antigos que, pelo costume de assistir as imagens em preto e branco, acabou criando um gosto inconsciente neles.
Os 3 primeiros segundos de vídeo são outro ponto importante. Eles tem que ser impactantes para chamar a atenção do espectador, senão se torna muito mais conveniente ele passar para o próximo vídeo ou post. É preciso destacar que esse vídeo muitas vezes vai aparecer como um post patrocinado no feed e, por isso, estamos vendendo um produto que, na verdade, a pessoa não quer assistir. Então, os 3 primeiros segundos são importantes para criar o desejo no espectador de assistir ao vídeo.
Existem algumas maneiras de prender a atenção. Uma delas é começar com uma pergunta que cause incômodo para o espectador e a partir dela desenvolver uma narrativa no vídeo. Também é possível trabalhar com imagens em close, mais fechadas, que não revelam muito sobre o produto, serviço e revelar ao longo do vídeo. Outro modo é trabalhar com imagens em flashes, rápidas; muitas imagens em pouco tempo, que também causam impacto e fazem com que o espectador continue querendo assistir ao vídeo para entender melhor o que foram aquelas imagens que passaram pelo feed.
Vídeo vai muito além de uma sequência de imagens. O áudio é muito importante. Não se refere só qual é a música, mas sim qual é o tempo da música. Efeitos sonoros também são interessantes dependendo das imagens, como por exemplo, em uma imagem de alguém amolando uma faca, colocar o efeito sonoro desse barulho. Isso faz com que o espectador gere empatia pelo vídeo e com a marca.
Contar uma história através de um vídeo vai muito além de imagem e som. É necessário pensar também o porquê de uma imagem vir em sequência depois da outra. Tudo que se coloca na edição precisa ter um motivo e um objetivo para que de fato a narrativa do vídeo realmente funcione e alcance o objetivo.
Não existe uma receita de bolo. Cada projeto é um projeto e cada vídeo é um vídeo. O importante é estudar cada um dos clientes e descobrir a melhor maneira que o vídeo desse cliente atinja seu público. Muitos desses conceitos também servem para fotos, gifs e outras formas de mídia.
Depois do vídeo postado é importante levantar a taxa de conversão do vídeo; qual foi o retorno do investimento em cima daquele produto. É preciso entender também quais ferramentas digitais são interessantes para traçar métricas e descobrir, com base nos vídeos anteriores, o que é possível melhorar para os próximos filmes.
No final das contas, ter um vídeo não otimizado para redes sociais é o mesmo que rasgar dinheiro. O que conta não são os números de visualizações, mas sim o quanto daqueles espectadores deixaram de ser espectadores para virarem consumidores da sua marca.